O prefeito Marquinhos Trad, a vice-prefeita Adriane Lopes e a secretária de Assistência Social, Angélica Fontanari, estiveram na tarde desta sexta-feira (20) no Centro de Triagem e Encaminhamento do Migrante (Cetremi), verificando as instalações e a volta dos trabalhos no local.

O Cetremi ficou fechado durante o período em que os trabalhadores vinculados à Omep e a Seleta paralisaram as atividades devido a uma decisão judicial.  O centro atende cerca de 100 pessoas, que fazem as refeições e dormem no local. Os funcionários também encaminham o migrante que quer voltar para a sua cidade de origem, e a partir de agora, vai ajudar essas pessoas a conseguirem trabalho e tratamento médico.

@2Durante a visita, Marquinhos passou pelo refeitório, cozinha, banheiros, toda área externa e interna e constatou que tudo está funcionando perfeitamente. Contudo, percebeu que a edificação precisa de reforma para melhorar o atendimento e dar mais conforto ao migrante.

“A visita no local é importante. É por isso que eu tenho feito tanto nos postos de saúde, como nos Ceinfs e aqui no Cetremi. Primeira coisa que constatei é que tem que separar homens de mulheres. Depois, a reforma de boa parte dessa estrutura. Você não pode dar para 100 pessoas um espaço para lavar roupa com dois tanques. Não é correto. Terceiro, oferecer cursos. Por mais que não possam ficar, tem alguns que ficam. Mobilizar a assistência social para isso. Quarto, fazer com que se conscientize da importância de um tratamento (médico, para o caso dos dependentes químicos)”, salientou.

A secretária de Assistência Social explicou que o Cetremi é um centro de passagem e, por isso, o papel da assistência é acolhê-los, mas dar a oportunidade de voltarem para casa, quando assim o desejem.

“Vêm muita gente de fora, que não tem condições. Então, junto com o diretor do Cetremi, e a Secretaria de Assistência Social, nós viabilizamos uma passagem, para a cidade de origem, porque muitos têm família. Nós viabilizamos essa passagem, colocamos no ônibus certinho e ele retorna para sua família e lá tem o atendimento”, explicou.

Principais problemas dos atendidos

Muitas pessoas que chegam ao Cetremi têm problema mental ou com uso de psicotrópico. Por isso, na atual gestão, as secretarias vão trabalhar em parceria para dar uma assistência completa ao migrante.

@8“Através da saúde, com a integração das secretarias, dar ao migrante o tratamento que lhe é necessário. Antes, eles não queriam ser atendidos pelo Poder Público, pela deficiência que se encontrava na gestão passada. Vamos fazer um planejamento estratégico para que nos primeiros 100 dias não haja mais moradores de rua, pelo menos no Centro de Campo Grande”, revelou a vice-prefeita.

Cem dias, sem moradores de rua

Para conseguir efetivar a ousada proposta, o coordenador do Cetremi, Eli Gomes Rangel, conta que começou um levantamento para poder encaminhar o migrante e dar uma resposta aos seus problemas.

“Nós assumimos na segunda-fera à tarde. Então primeiro fiz um levantamento de tudo que está precisando. Fiz uma entrevista com os nossos funcionários. Depois entrevistei cada interno, um por um. São quase 100 internos. Entrevistei um por um por para ficar sabendo quem está querendo voltar para a sua cidade. Alguns consegui entrar em contato com a família e eles mesmos mandaram a passagem de volta”, revelou.

A vice-prefeita Adriane Lopes contou que o governo municipal já está trabalhando a todo vapor para conseguir atingir a meta. “Estamos fazendo a abordagem dos moradores, junto com a secretária Angélica. Todo o trabalho que é feito pela SAS, aí encaminhamos para o Centro POP, logo depois eles vêm para cá. Mas eles não querem mais vir para cá e nem queriam ser acolhidos, serem atendidos pelo serviço prestado pela Prefeitura, porque foram destratados muitas vezes. Então, o que estamos propondo na nova gestão do prefeito Marquinhos Trad é acolher, humanizar as relações. Tratar as pessoas como a gente gostaria de ser tratado”, finalizou.