Muitas são as reclamações dos serviços públicos concessionários na capital de Mato Grosso do Sul. As empresas de luz e de água são campeãs de reclamação em Campo Grande, 2º e 3º lugar, respectivamente, segundo ranking da Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor (Procon-MS). Os dados deixam claro a insatisfação do consumidor com os serviços prestados.

Diante disso, o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, prometeu lutar por melhorias e barateamento dos serviços públicos concessionários, tanto de água e luz, quanto do transporte coletivo.

Em relação a Águas Guariroba, Marquinhos disse que quer rever não apenas a tarifa mínima, como também o aumento da tarifa social, da cobrança de 70% da taxa de esgoto, e até mesmo um plano para que a concessionária reconstrua o asfalto que tanto estragam na cidade.

“Vou cobrar. A água está muito cara. A minha manifestação é de que possamos revisar a tarifa mínima, não entra na minha cabeça o cidadão consumir 3mᶟ e ser cobrado em 10mᶟ”, afirmou o prefeito Marquinhos Trad.

Quanto ao asfalto, Marquinhos pontuou que está cheio de ‘cicatriz’, devido aos recortes feito pela Águas. “Você vê certinho o que a Águas faz. Você vê aonde abriu o corpo e aonde fechou”, afirmou.

Marquinhos ainda contou que já está no acordo que fez com a Águas Guariroba o conserto dos recortes e a limpeza de bocas de lobos, bem como a elevação dos postos de visita.  “Se tivessem esse cuidado desde o inicio não haveria isso. Faltou o prefeito ir para as ruas, cobrar, exigir. Mesmo assim, não daria para arrumar tudo. Mas, pelos menos teria uns 60%, 70% de uma situação melhor do que está hoje”, pontuou sobre as fissuras feitas no asfalto.

Em relação à Energisa, o prefeito também salientou que vai cobrar um serviço de melhor qualidade. Já sobre o serviço de transporte coletivo, Marquinhos disse que se não houver contrapartida do Consórcio Guaicurus, em melhorias para a população, vai cortar a isenção do ISS, que hoje a empresa tem direito.

“Quando teve as manifestações populares em 2013, o Governo Federal isentou as concessionárias do PIS e Cofins, o que gerou a eles uma redução de R$ 0,10 a R$ 0,15 nas tarifas, em nível nacional. Em Campo Grande, como o ISS é municipal, eles disseram que o valor que eles recolhiam à municipalidade impactava em torno de R$ 0,15. A prefeitura deixou de recolher R$ 10 milhões ao ano. A isenção impacta R$ 0,15 mais barato na tarifa e R$ 10 milhões deixam de ir para o cofre. Deram isenção de PIS e Cofins, deram isenção de ISS, e a gente vê o transporte e o serviço sem evoluir, da mesma maneira que elas são beneficiados”, criticou.

O prefeito explica que com esses R$ 10 milhões poderia consertar buraco, comprar remédio para os postos de saúde e diversas outras melhorias para a cidade, já que não tem retorno do Consórcio Guaicurus. “Eles querem isenção, então eu vou fixar para eles um número x para arrumarem ponto de ônibus. Eu vou dar o modelo de como quero a construção e os bancos para as pessoas aguardarem. Vamos ver quanto custa cada ponto, divide pelos R$ 10 milhões, o preço médio, ai seria justo”, complementou.

Marquinhos ainda afirmou que vai estudar todo o contrato e cobrar da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg) que todos os pontos sejam cumpridos.