Em Campo Grande, somente em 2019, foram diagnosticados 213 novos casos de HIV, sendo que a maior parte deles, aproximadamente 78%, em pacientes com idades entre 20 e 49 anos. No ano passado, foram 196 casos novos, sendo 73% deles nessa faixa etária.

Os homens, geralmente, são os mais afetados pelo vírus. Mas nem por isso podemos deixar de falar sobre isso com as mulheres, já que segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, em 2019, das 287 novas notificações de HIV 79 notificações foram para elas.

WhatsApp Image 2019-12-09 at 11.39.16Sabendo desta importância, a Subsecretaria de Políticas Públicas para as Mulheres de Campo Grande, em parceria com o Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres, e a Secretaria Municipal de Saúde, levou uma palestra com o tema IST/Aids para as detentas do Presídio Feminino Iarmã Zorzi.

A detenta G.S.G. disse que a palestra trouxe informações que ela desconhecia. “Eu não sabia como as doenças sexualmente transmissíveis eram tão perigosa. Depois dessa palestra vou ser mais cuidadosa”.

Também interna, E.C.S, disse que muitas vezes as mulheres não tem noção do quão grave são as doenças e de como é importante se prevenir. “Eu achei muito importante o alerta, entender os sintomas, pois muitas vezes achamos que está tudo bem e não procuramos ajuda médica”.

Para a subsecretária Carla Stephanini a ação atingiu o objetivo. “Viemos alertar e vimos interesse nas mulheres em aprender. Somos gratos a todos os parceiros por estarem atuando com a gente nas políticas para as mulheres”, disse.

Já a diretora do Presídio Irmã Zorzi Marijane Bolenti Carrilho frisou a importância da palestra sobre IST/Aids no sentido de bem informar as internas sobre a prevenção às infecções sexualmente transmissíveis. “O presídio só tem a agradecer a Prefeitura de Campo Grande que trouxe toda essa contribuição para a Irmã Zorzi”, afirmou.

Do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres, Cleuza Vasconcellos, explicou que o papel deles é se preocupar com a comunidade como um todo e por isso a importância de levar ações ao presídio. “Nos preocupamos com as mulheres e com esta parceria coma Semu fazemos as políticas públicas para as mulheres. É muito importante trazer essas ações para essas mulheres que estão internas. Não é porque estamos presas que não têm direitos às políticas públicas. Tem sim”.

Todas as mulheres que são internadas passam por exames de saúde, conforme dados do próprio presídio cerca de 30% delas chegam com alguma IST, por isso tão importante o alerta para a prevenção.