Produzir merenda de qualidade. Esse é o conceito que a equipe da Superintendência de Alimentação Escolar da Semed (Secretaria Municipal de Educação) está transmitindo aos 190 servidores aprovados e contratados por meio do processo seletivo simplificado para atuar nas unidades escolares da Reme.

Dividido em duas turmas, o grupo está participando de uma capacitação nesta terça-feira (18), realizado no Cefor (Centro de Formação Lúdio Martins Coelho), para proporcionar o aperfeiçoamento profissional dos servidores quanto à utilização dos utensílios de cozinha e na manipulação correta dos alimentos. Os profissionais estão sendo orientados quanto à importância da higiene do ambiente e pessoal, conduta, posicionamento dos pratos e utensílios, quantidade estimada de refeição fornecida por faixa etária, para evitar o desperdício.

A secretária de Educação Ilza Mateus, enfatiza que a medida deve ser trabalhada com todos os profissionais da Reme. “Temos o dever de alimentar bem nossas crianças e para isso a Semed está se empenhando ao máximo para garantir alimentos de boa qualidade, mas também é preciso evitar ao máximo o desperdício”, alerta.

Para o superintendente de Alimentação Escolar, Adaltro Albinele, este é um dos principais pontos da capacitação.  “Estamos numa luta intensa e constante para evitar o desperdício, estabelecendo um novo tempo neste quesito no Município de Campo Grande”, disse.

Os técnicos também estão abordando as necessidades e os cuidados necessários com os alunos que têm algum tipo de restrição alimentar. De acordo com Suelen Rotela, que integra a equipe de nutricionistas da Semed, a qualidade da alimentação oferecida nos Ceinfs e escolas influencia diretamente no rendimento escolar do aluno. “Oferecer uma boa alimentação, nutrida, fortifica e influencia na educação. Os alunos bem alimentados aprendem melhor”, ressalta. A nutricionista comentou ainda que a aproximação junto com estes profissionais leva resultados satisfatórios nas unidades escolares.

Já a chefe da Divisão de Programação Alimentar, Fátima Pereira de Souza, destaca a importância da alimentação adequada aos estudantes. “É importante ter uma merenda mais preparada dentro das técnicas e normas para que as crianças possam realmente se alimentar e ter melhor aproveitamento dessa alimentação”, destaca.

A secretária-adjunta de Educação, Elza Fernandes, que participou da abertura, destacou a importância do profissional que produz a merenda e lembrou que seu trabalho contribui com a satisfação dos alunos em ir para a escola. “É muito gratificante ver quando eles elogiam a comida e pedem para repetir”, afirma.

Ato de amor

Para os profissionais recém-contratados, o curso representa a oportunidade de trocar ideias e aprofundar os conhecimentos de quem já tem experiência. Já para os novatos, ingressar no setor de alimentação escolar é a realização de um sonho.

É o caso da merendeira Eloina Nunes Fernandes, da escola Professor Osvaldo de Oliveira, que pela primeira vez está cozinhando para alunos. Para ela a função é, em primeiro lugar, um ato de amor. “Estou fazendo o máximo para atender as crianças. Estou adorando servir o que elas gostam de comer de forma diversificada, fazendo coisas diferentes. Estou amando”, relata, de forma emocionada.

E quem pensa que a função ainda é de domínio exclusivo das mulheres, se engana. Aos poucos, os homens também vêm mostrando interesse na área. Um desses profissionais, também contratado recentemente, é Oscar Aragão, que já está atuando na escola municipal Professor Luis Antônio de Sá Carvalho, na Vila Célia.

Apesar da experiência de 20 anos na área de alimentação, atuando em restaurantes, ele viu na Reme a oportunidade de conquistar novas experiências. “É uma meta nova na minha vida. Estou aprendendo a fazer uma alimentação mais rápida, saudável, utilizando o tempero na proporção correta”, enfatiza.

O merendeiro também elogia a qualidade das refeições servidas nas unidades da Reme. “Quando era estudante eu via que a comida parecia ser muito simples e, hoje, o que percebo é que tem frutas como maçã, laranja, verduras. Há uma diversidade bem maior, porque se tem muito mais material para trabalhar”, ressalta.