As notificações de dengue se mantêm em queda em Campo Grande, no entanto o alerta é para que as medidas de prevenção continuem sendo intensificadas para evitar o aumento de casos da doença. A redução projetada para este primeiro bimestre é superior a 97%,  comparado com o mesmo período do ano passado, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).

No início de 2020, Campo Grande enfrentou uma epidemia de dengue, sendo fevereiro o mês mais crítico. Somente nos dois primeiros meses daquele ano, foram registradas 10.132 notificações da doença no Município. Até o dia 22 de fevereiro de 2021, foram notificados 284 casos de dengue, o que representa uma redução de mais de 97%. Os casos de zika e chikungunya também são menores, caindo de 37 e 46 em 2020, para 3 respectivamente em 2021. O boletim completo e a série histórica com os dados de dengue, zika e chikungunya estão disponíveis para download.

Redução

A partir de maio do ano passado, os casos foram regredindo significativamente até atingirem níveis menos alarmantes nos meses subsequentes, resultado do trabalho e esforço conjunto desprendido por todos os órgãos do executivo municipal.

À época, foi montada uma verdadeira operação de guerra contra o Aedes aegypti, denominada “Operação Mosquito Zero – É matar ou morrer”. Uma força-tarefa que percorreu as sete regiões urbanas de Campo Grande, executando as chamadas ações de bloqueio, vistorias e recolhimento de materiais inservíveis potenciais criadouros do mosquito Aedes aegypti, que além da dengue, é vetor da zika e da chikungunya, além de outras arboviroses com menor incidência.

Parte das ações de campo foram interrompidas a partir do final de março em razão da pandemia de Covid-19, porém o trabalho de rotina foi otimizado e continuou sendo realizado de forma estratégia, com uso de ferramentas a borrifação a Ultra Baixo Volume (UBV), popularmente conhecida como “Fumacê”.

Wolbachia

Em dezembro do ano passado o município iniciou a soltura dos mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, capaz de inibir a transmissão da dengue, zika e chikungunya, pelo mosquito. A tecnologia foi inserida como aliada nas ações de prevenção já desenvolvidas pelo município.