No Dia Internacional das Mulheres, a Prefeitura de Campo Grande, por meio da Agência Municipal de Habitação, e em parceria com a Subsecretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, promoveu palestras e atividades para as 84 funcionárias da Emha para falar sobre sororidade. A pasta tem em seu quadro de funcionários 60% dos cargos comandados por elas.

Palavra  pouco conhecida da maioria, mas ao mesmo tempo, muito usada nos movimentos feministas, sororidade nada mais é que a união e aliança entre mulheres, baseada na empatia e companheirismo, em busca de alcançar objetivos em comum. Ou seja, mulheres unidas, aliadas, olhando uma pelas outras, sem julgamentos prévios, que em muitas vezes, ajudam a fortalecer estereótipos preconceituosos criados pela nossa sociedade.

@2Auditora de controle interno da Emha, Luciana Bittencourt, diz já ter ouvido muito falar sobre a Casa da Mulher Brasileira, que é referência para o país, mas é importante conhecer os detalhes do que é ofertado no local. “São esses detalhes que fazem a diferença para a gente poder orientar todas as pessoas que a gente convive e muitas vezes enfrentam a violência. Às vezes, até dentro da casa da gente não tem uma informação ampla como foi abordada aqui hoje. Da importância da denúncia, da coragem e do apoio que a mulher precisa para fazer isso”, explica.

Subsecretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, Carla Stephanini, frisou que a data deve ser comemorada sim, mas não pode se esquecer de refletir sobre a importância das conquistas, do que precisa ainda ser conquistado, e da importância de as mulheres ajudarem umas as outras a combater a violência.

“Hoje ainda é preciso lutar muito pelos direitos das mulheres, o que é o feminicídio, senão um crime de ódio contra as mulheres, de homens que não aceitam seu protagonismo. E essa opressão acontece no dia a dia. As políticas públicas são necessárias para combater essa violência e as mulheres podem se ajudar entre si. Afinal, que não conhece uma mulher que já sofreu violência?”, pontuou.

@5Realizadora do evento, Maria Cristina Almeida,  diz que a ideia do evento surgiu para ajudar as mulheres a saberem mais sobre a o Dia Internacional da Mulher e ao mesmo tempo identificar situações em que uma mulher pode ajudar a outra a sair de um estado de violência.

“Sempre acreditei que ao trabalhar em equipe é preciso criar um espírito de empatia e companheirismo entre as colaboradoras. Por isso, tomei a frente deste evento que intitulamos como “Mulheres que fazem a diferença” para buscar a união e a irmandade dessas mulheres”, afirmou.

No evento aconteceram 5 palestras: “Diga não à Violência, denuncie”, com a subsecretaria de Políticas Pública para  Mulher Carla Stefhanini; O empoderamento da mulher”, com a coach de carreira e coordenadora acadêmica da Uniderp Grazihely Betenice Fernandes Paulon; “Os desafios das mulheres para conquistar um espaço num ambiente masculino”, com a engenheira agrimensora da AGRAER e diretora geral da Mutua Vania Abreu de Mello; “Orientações nutricionais”,  com a nutricionista Ana Paula Paiva e “Cuidados da beleza feminina”,  com a consultora da Mary Kay Priscilla Barros.

Houve ainda a distribuição de brindes e mimos para as participantes e apresentação de dança flamenca com o grupo “Embrujos de Espanã”, com a participação das bailarinas Maria Helena Pettengill e Priscila Melli.

Casa da Mulher Brasileira

A Casa da Mulher Brasileira oferece os principais serviços especializados de atendimento às mulheres, visando um atendimento integral à mulher vítima de violência. A Semu é responsável pela gestão da Casa da Mulher Brasileira e em novembro de 2017 a Prefeitura recebeu, do Patrimônio Público da União, a transferência do imóvel da Casa.

A atual gestão, por meio da subsecretaria de Políticas para a Mulher, vem promovendo ações que visam o aprimoramento e a reestruturação dos serviços. Como prova do empenho, foi realizada a chamada de servidores concursados para integrar o quadro da Casa. Atualmente, do total de 232 servidores da Casa, 106, são da Prefeitura.