Materiais como sofás, geladeiras, vasos sanitários, entre outros, poderão ser descartados nos pontos de coleta que serão instalados nos bairros da Capital. (Foto: Assessoria/Sesau).
Materiais como sofás, geladeiras, vasos sanitários, entre outros, poderão ser descartados nos pontos de coleta que serão instalados nos bairros da Capital. (Foto: Assessoria/Sesau).

Resíduos mal destinados atraem vetores de doenças. Para evitar esse risco, a Prefeitura de Campo Grande iniciou a implantação do projeto “CG Saúde em Ação” prevendo a coleta de resíduos de grande volume, como sofás, geladeiras e vasos sanitários, por exemplo, que não podem ser descartados na coleta convencional ou seletiva.  A fase piloto do projeto se dará através da implantação de um ponto de coleta no bairro Jardim Noroeste – região leste de Campo Grande – onde foi encontrado o maior número  de focos do mosquito Aedes aegypti, conforme dados do último Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa) realizado entre os dias 23 e 27 de outubro.

O Projeto, organizado em parceria entre as secretarias municipais de Saúde (SESAU), Meio Ambiente e Gestão Urbana (SEMADUR), Infraestrutura e Serviços Públicos (SISEP) e Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, terá a participação de empresas privadas como a Solubr Soluções Ambientais e outros órgãos e entidades, com o objetivo de mobilizar a população do Jardim Noroeste para descartar os resíduos de grande volume na primeira quinzena de dezembro.

As reuniões de trabalho para elaboração do cronograma do Projeto CG Saúde em Ação e as ações de cada secretaria e parceiros aconteceram nesta semana na SESAU e contou com representantes das pastas envolvidas. As datas para descarte e recolhimento serão anunciadas na próxima semana, com todos os detalhes.

Poderão ser descartados: sofás, geladeiras, televisores, carcaças de computadores, fogões, carrinhos de mão, pias de cozinha, banheiras de plástico, móveis, armários de aço e máquinas/tanquinhos de lavar roupas. Não serão aceitos entulhos de construção, podas de árvores e pneus. O local para o descarte está em processo de escolha e será determinado nos próximos dias.

A existência destes resíduos nas residências são possíveis depósitos e criadouros do mosquito da dengue, bem como a instalação, manutenção e proliferação de animais da fauna sinantrópica, que são indesejáveis ao convívio humano (ratos, pombos, baratas e outros) e passíveis de transmissão de doenças, inutilizar/destruir alimentos ou sujar as residências.  Estes objetos também expõem crianças a riscos de acidentes e, na estação das chuvas, podem entupir bueiros, provocando inundações.

Os vasos sanitários representam 4,75% dos focos do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, enquanto que pias de cozinha 0,79% e máquinas de lavar 0,69%, segundo dados o LIRAa de outubro.

“Por isso, estamos realizando este projeto piloto de descarte de materiais de grande volume, com o objetivo principal de eliminar os criadouros do Aedes e reduzir, significativamente, os seus focos. O LIRAa nos permite desenvolver ações nos locais onde há maior risco de proliferação das doenças transmitidas pelo mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya”, explicou a coordenadora de Vigilância em Saúde da SESAU, Eliana Dalla Nora.

O recolhimento dos materiais descartados ocorrerá por meio de caminhões de diversos órgãos públicos, em parceria com empresas privadas. Os resíduos serão destinados a uma empresa que ficará responsável por realizar a destinação correta, como o processo de reciclagem.

“Após este trabalho, vamos intensificar o trabalho com os agentes comunitários de Saúde e de Endemias para conscientizar moradores sobre os perigos de se acumular tais resíduos. Quando retornar as aulas, vamos mobilizar as escolas para uma grande ação de prevenção quanto a dengue”, afirmou o coordenador da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV), Eliasze Guimarães.