Conhecer a região onde mora, suas histórias e peculiaridades são informações que ajudam a entender um pouco da cultura de cada região, e isso proporciona também o descobrimento da identidade de um povo. É o que a Escola “Isauro Bento Nogueira”, localizada a 60 quilômetros da Capital, no distrito de Anhanduí, realizou nesta sexta-feira (17) com alunos e a comunidade escolar.

O evento teve como objetivo mostrar o surgimento do Distrito de Anhanduí, que hoje comemora 63 anos, através da 4ª Mostra Cultural  – Feira da Diversidade Cultural.

A exposição também teve a proposta de apresentar a abordagem pedagógica realizada pelos professores em seus componentes curriculares em diversos contextos.

Neste ano, a escola realizou exposição de trabalhos diversificados demonstrado as habilidades e práticas de desenvolvimento do conhecimento, valorizando o trabalho pedagógico dos alunos.

Trabalhos

Entre os projetos apresentados pelos alunos destaque para “A flora de MS em Arte e Poesia”; “Apimentando sabores e saberes do campo”; Alimentação saudável – sucos”; “A influência da cultura afro na cultura brasileira”; “A arte da pré-história” e “Geometria e Sobreposição”.

Outros temas também foram abordados, como os alimentos oferecidos pela merenda escolar; brinquedos e brincadeiras antigas e sobre o sistema monetário.

A organização da Feira da Diversidade ficou sob a orientação do diretor da unidade, Valdir Romano, o diretor-adjunto Paulo Galvão e a equipe pedagógica: Márcia Coelho Lima, Gladimar Caceres, Cléia Catarina Rezende e Waldelis Barbosa Rezende.

DSC_0675Prestigiaram o evento alunos da escola, a comunidade escolar e representantes de órgãos municipais. Ao todo, a escola possui mais de 500 alunos moradores de Anhanduí e região, vindos das fazendas, chácaras, sítios e assentamentos.

Para a secretária-adjunta de Educação, Soraia Inácio de Campos, o evento é uma forma de valorizar os alunos e comunidade. “O evento foi feito com muito carinho e dedicação. A nossa preocupação é trabalhar pelo aluno. Se estamos fazendo por eles, então estamos fazendo pela comunidade, pelos pais”, destacou.

Para Gislaine de Oliveira Rigoli, moradora do Distrito e que tem duas filhas matriculadas na escola, o evento foi importante, pois tratou das diferenças.

“Eu gostei muito do tema e creio que sempre foi algo que ensinei as minhas filhas, sobre não fazer acepção de pessoas. Acho que esse evento vem pra ensinar e as crianças serem bem resolvidas quanto a este assunto”, disse.

Gislaine contou que também estudou na escola há 20 anos e considera fundamental valorizar a cultura local. “É um distrito maravilhoso, lugar calmo e a data vem pra valorizar essa região que é um pedacinho do céu, onde as pessoas se conhecem e se respeitam”, enfatizou.

Para Estefane Oliveira, filha de Gislaine, a feira foi uma forma de apresentar seu trabalho e mostrar que o preconceito deve ser abolido e a diversidade cultural, respeitada.

“Achei legal. Apresentei um projeto sobre preconceito e procurei passar a mensagem de que todos nós somos iguais. Em relação à comemoração de Anhanduí, acho legal que toda minha família mora aqui”, destacou.

Aprendizagem

DSC_0804O diretor da escola, Valdir Romano fala sobre a importância da realização do evento dentro da unidade. “Queremos mostrar que a arte faz parte do processo de ensino e aprendizagem. Acredito que isso influencia e que os alunos sejam mais críticos e pesquisadores. Procuramos um tema escolhido pelos alunos e em cima dele trabalhamos a grade curricular”.

Sobre a comemoração do aniversário de Anhanduí, Valdir ressalta que as apresentações e a busca pela identidade regional foram pesquisadas pelos alunos.

“Isso faz parte da história do distrito e os alunos retratam aquilo que eles aprenderam no dia a dia. Para a escola isso representa o trabalho desenvolvido pelos professores com os pequenos cidadãos, as crianças”, concluiu o diretor.