Os diretores-presidentes da Emha e Funsat, Enéas Netto e Cleiton Franco, o comandante da Guarda Municipal, Anderson Gonzaga, e equipes que atuam no canteiro de obras do programa Ação Casa Pronta se reuniram com as lideranças das regiões do Bom Retiro, Vespasiano Martins, José Teruel I e II e Jardim Canguru. O objetivo foi o de acertar pontos cruciais para a retomada das obras que estavam paralisadas desde a última segunda-feira (3), em decorrência de diversas questões que precisavam ser acertadas para a devida continuidade do programa social.

Após o encontro, ficou acordado entre os presentes que as obras devem ser retomadas nesta segunda-feira (10), além do reestabelecimento do transporte coletivo cedido pelo grupo Consórcio Guaicurus e das refeições destinadas aos participantes do programa. Durante a reunião, o diretor-presidente da Emha, Enéas Netto, foi enfático no que tange à manutenção da segurança no local. Ainda conforme o gestor da pasta, o sucesso do programa depende do comprometimento entre beneficiários junto Poder Público para finalizar a entrega das moradias mediante a capacitação profissional.

“Estamos aqui para afinar os pontos, pois há conflitos críticos de liderança nas comunidades, que devem ser resolvidos para o andamento devido do programa Ação Casa Pronta. Neste momento, é preciso união, entendimento e sabedoria para que não patinar. Quem perde somos todos nós”, aconselhou Enéas Netto.

Cleiton Franco, diretor-presidente da Funsat, assegurou que serão desligados do programa todos os que não estiverem devidamente comprometidos com as exigências do Proinc. “Haverá mudanças no canteiro de obras, pois há pessoas que estão ali, mas não querem trabalhar. Isso eu não posso admitir de jeito nenhum.”

As lideranças das regiões do reassentamento da antiga comunidade Cidade de Deus se comprometeram a apoiar o programa, além de se reunir junto aos integrantes de suas respectivas comunidades com a finalidade de reestabelecer esse compromisso com o andamento das obras. Conforme Cleiton Franco, um engenheiro de produção passa a acompanhar a produtividade das atividades no canteiro-escola do Bom Retiro, com o propósito de cumprir o cronograma, sem perder a qualidade dos serviços executados junto nessas moradias sociais.

“Estamos vendo que o programa está tendo andamento e tem coisas que sabemos que precisam ser melhoradas dentro da própria comunidade, já que enquanto tiver divergências entre um ou outro participante, as coisas não vão para frente”, concordou Edileuza Luiz, liderança do Jardim Canguru.

O diretor de Habitação e Programas Urbanos da Emha, Gabriel Gonçalves, também apontou que é preciso uma mudança de comportamento entre os participantes do Ação Casa Pronta. “Toda semana temos problemas para resolver. E eles não são decorrentes de problemas na obra, como ter que refazer um telhado, observar uma fossa, mas de relacionamento entre os participantes. Essa mentalidade deve mudar”, considerou.

Segurança no canteiro de obras

Rogério Carvalho, liderança da Bom Retiro, local onde abriga o primeiro canteiro-escola do Ação Casa Pronta, considerou a atuação da Guarda Civil Municipal de grande importância para a manutenção da segurança no local. “Há muita gente de olho naquelas casas. É um projeto muito bom. Soubemos que teve pessoas com planos de invadir uma área ao lado do Bom Retiro, e já alertamos a comunidade para não deixar que isso aconteça.”

O comandante Anderson Gonzaga, da Guarda Civil Municipal, enfatizou que rondas ostensivas serão feitas na comunidade a partir desta segunda-feira. “Durante essa semana,  vamos manter a equipe fixa no local. Nós daremos todo suporte que for necessário para manter a segurança do canteiro”, garantiu.

Entretanto, para o diretor-presidente da Emha, Enéas Netto, mais do que focar apenas na segurança, é preciso maior conscientização dos participantes em relação ao compromisso junto ao programa social, que visa além de entregar moradias dignas, formar novos profissionais com vistas às diversas oportunidades no mercado de trabalho, após a capacitação. “A presença da Guarda não vai mudar o caráter ou a educação das pessoas. Isso muda a partir do momento em que falamos a mesma língua. Por isso, esse compromisso com a rotina de capacitação é fundamental e contamos com as lideranças para o sucesso dessa empreitada.”

Participaram da reunião as lideranças das comunidades: Rogério Carvalho, do Bom Retiro, Mariana Gonçalves, do Vespasiano Martins, Edileuza Luiz, do Jardim Canguru, Rone Leão e Julian Anderson Castro Afonso, do José Teruel I e II.