O secretário municipal de Saúde, Marcelo Vilela, e o diretor-presidente da Agência Municipal de Tecnologia (AGETEC), Paulo Fernando Cardoso, estiveram reunidos na manhã desta terça-feira (27), em Brasília (DF), com técnicos do Ministério da Saúde para discutir detalhes sobre a adesão ao Programa de Informatização das Unidades Básicas de Saúde (PIUBS). Através desta ferramenta, será possível implantar o Prontuário Eletrônico em todas as unidades da Rede de Atenção Básica de Campo Grande.

Com a plataforma digital, todos os serviços de saúde do país poderão acompanhar o histórico, dados e resultado de exames dos pacientes, verificar em tempo real a disponibilidade de medicamentos ou mesmo registrar as visitas de agentes de saúde, melhorando o atendimento ao cidadão.

“A adesão ao sistema eletrônico traz benefícios na qualificação do atendimento, evitando repetição de exames e encaminhamentos desnecessários, além do maior controle do gasto público”, destaca o secretário Marcelo Vilela.

Conforme o secretário, neste primeiro momento, estão sendo apresentadas ao ministério informações que servirão para calcular a viabilidade da implantação, bem como os itens necessários para a informatização, o que deve facilitar o processo de adesão ao projeto e garantir que Campo Grande seja uma das primeiras cidades do país a ser contemplada.

“Esse primeiro contato é extramente importante para que nós possamos tirar todas as dúvidas existentes e nos aprofundar sobre o projeto. Isso vai garantir que a gente saia na frente e se cumpra as exigências de forma mais célere”, disse

O diretor-presidente da AGETEC, Paulo Fernando, destaca que o projeto será extremamente importante, uma vez que o mesmo consiste na fornecimento da infraestrutura tecnológica, além de serviços de Tecnologia da Informação o que hoje é a maior dificuldade da administração pública.

“O Ministério da Saúde oferece aos municípios uma solução completa para informatizar o prontuário eletrônico da atenção básica. Viemos até Brasília para conhecer os detalhes técnicos da solução e entender como Campo Grande poderá ser beneficiada. Estamos empolgados”, pontuou.

O projeto contará com investimento inicial do Ministério da Saúde de R$ 1,5 bilhão por ano e chegará a R$ 3,4 bilhões por ano em 2019. Atualmente, 64% das Unidades Básicas de Saúde não utilizam prontuário eletrônico, equivalente a 27,3 mil serviços. No país, só 30 milhões de brasileiros têm seus dados registrados digitalmente.

Pelo projeto, todas as unidades poderão ser contempladas, inclusive com apoio de custeio para a manutenção dos serviços digitais já oferecidos. A previsão é que sejam fornecidos até 311 mil computadores, 293 mil tablets, 138 mil impressoras e 42 mil multifuncionais.

Parte do serviço será gerido por empresas contratadas que se credenciaram junto ao Ministério da Saúde e que foram consideradas aptas a fornecer soluções que contemplem os serviços de conectividade, disponibilização de hardware e software, manutenção de equipamentos de TI, treinamento dos profissionais de saúde e suporte técnico contínuo para uso dos Prontuários.

Participaram da reunião, além do secretário de Saude, Marcelo Vilela e do diretor-presidente da AGETEC, Paulo Fernando, técnicos do Ministério da Saúde e das duas pastas.

Pioneirismo

Campo Grande foi a primeira cidade do país a ter o seu sistema de controle de oferta e dispensação de medicamentos totalmente integrado com o do Ministério da Saúde.

A integração das informações junto ao sistema Horus (nacional) foi proposta pelo Ministério da Saúde para que seja possível saber,  em todos os estados e municípios, qual é o consumo em cada localidade e quantos são os medicamentos que estão próximos à data de vencimento, para que sejam devidamente aproveitados. As informações serão concentradas na Base Nacional de Dados da Assistência Farmacêutica.

Além do estoque, entrada, saída e dispensação de medicamentos, poderão ser monitoradas em tempo real informações do paciente e das unidades de saúde. O sistema será capaz de calcular possíveis perdas, sugerir remanejamento de produtos e indicar o quantitativo que deve ser comprado para atender às necessidades do estado ou município.