A Prefeitura de Campo Grande, em 70 dias de serviço (de 2 de janeiro até o último dia 25 de março), tapou 85.650 buracos, que se fossem enfileirados, somariam quase 28 quilômetros de ruas  recuperadas.

Segundo o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fiorese, nesta primeira etapa foram investidos R$ 14,1 milhões para tapar 30% de calculados 280 mil buracos existentes na malha viária urbana asfaltada  da Capital. Ainda restariam, portanto, 150 mil buracos nesta malha de quase 2.800 quilômetros.

Em companhia do secretário de Obras do Estado, Marcelo Miglioli, o secretário de Infraestrutura vistoriou algumas frentes de serviço na etapa da recuperação dos trechos críticos do pavimento de Campo Grande, que terá investimento de R$ 20 milhões, parceria entre Prefeitura e o Governo do Estado.

“Entraremos agora num período que vai chover menos. Assim, o serviço será executado de forma mais rápida, sem necessidade de interrupções frequentes. Da retomada da manutenção das ruas, em 2 de janeiro, até o último sábado, transcorreram 94 dias, sem considerar domingos e feriados, perdemos três semanas de serviço por causa da chuva”, explica Fiorese.

Além de interromper o serviço, o excesso de chuva contribuiu para o surgimento de novos buracos. “A água é a maior inimiga do asfalto e, no caso de Campo Grande, este problema é potencializado porque temos um pavimento antigo. Algumas ruas foram asfaltadas há 30 anos, quando o tempo de vida útil do pavimento é de 10 anos”, explica o secretário.

O secretário lembra que o tapa-buraco é uma solução emergencial, visto que o ideal seria recapeamento. Mas, esta solução é inviável, diante do seu alto custo. “Seria preciso R$ 2,5 bilhões, quase um orçamento inteiro da Prefeitura, para fazer todo o recapeamento que a cidade precisa”, justificou.

Apesar do caráter emergencial, o tapa-buraco está sendo feito com todo o rigor técnico para garantir a qualidade e durabilidade do serviço. “Este padrão será mantido e a manutenção do asfalto deve ser permanente para evitar que a cidade volte a situação caótica que encontramos em janeiro”, disse Rudi, que finalizou recordando que uma das providências é organizar o processo de licitação para a escolha das empresas que atuarem  no serviço a partir de 2018.