O pequeno Enzo Nunes é examinado pela Dra. Maria Cristina A. Fuser na UBSF Serradinho e a mãe Sueli recebeu orientações da médica. (Foto: SESAU)
O pequeno Enzo Nunes é examinado pela Dra. Maria Cristina A. Fuser na UBSF Serradinho e a mãe Sueli recebeu orientações da médica. (Foto: SESAU)

A Secretaria Municipal de Saúde Pública de Campo Grande (Sesau), através das unidades básicas de saúde, está realizando busca ativa de crianças menores de dois anos na área de atendimento do posto, para acompanhar o crescimento e desenvolvimento infantil (puericultura).

A puericultura é realizada nas 65 unidades de saúde da Rede de Atenção Básica (RAB), sendo elas 24 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e 41 Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF), espalhadas por toda a capital. Na consulta é avaliado o ganho de peso, a altura, o desenvolvimento corporal, as condições psicomotoras, além de checar a caderneta de vacinação e dar orientação aos pais ou responsáveis pela criança.

O objetivo principal da puericultura é o diagnóstico precoce e a qualificação de doenças prevalentes na infância, ações de prevenção de enfermidades crônicas e de cuidados dos casos diagnosticados.

A Sociedade Brasileira de Pediatria divulgou uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, onde após analisar mais de 20 mil crianças, especialistas descobriram que aquelas que não comparecem à quantidade de consultas recomendadas até os três anos de idade tiveram duas vezes mais risco de serem hospitalizadas. As chances duplicam em caso de doenças crônicas, como asma e problema do coração.

Essas doenças aumentam porque as famílias que perdem as consultas deixam também de ter a oportunidade de intervenção preventiva e detecção precoce de problemas. Por isso, é importante que os pais ou responsáveis cumpram o que está estabelecido na caderneta de saúde da criança: consultas na 1ª semana, 1º, 2º, 4º, 6º, 9º meses, um ano, um ano e meio, e dois anos de vida.

O Município de Campo Grande conta ainda com a estratégia das agentes acolhedoras para promover a continuidade do cuidado do binômio mãe-bebê a partir da alta, vinculando-os à atenção básica por meio de agendamentos de consultas ou por visitas domiciliares em até sete dias do nascimento da criança.

“É importante abordar a mãe e o bebê precocemente para avaliar as condições gerais de saúde de ambos, além de orientar e incentivar para a necessidade do aleitamento materno e dar apoio nas dificuldades encontradas. O calendário vacinal também é primordial para os dois e a realização do teste do pezinho”, destaca a superintendente da Rede de Assistência à Saúde, Sandra Angélia Maciel Alves.

Nas 65 unidades da RAB, os profissionais médicos generalistas, pediatras e enfermeiros são os responsáveis por realizar o acompanhamento das crianças, elaborando o planejamento periódico das consultas recomendadas pelo Ministério da Saúde. Esse vínculo profissional de saúde e usuários é primordial para que, em eventuais necessidades médicas, a referência seja sempre a unidade de saúde mais próxima da residência.