Novos investimentos e a expansão e consolidação de serviços voltados à melhoria da qualidade da assistência prestada à população dão novas perspectivas na área da saúde para o ano de 2021.

Neste ano, Campo Grande deve ganhar ao menos duas novas unidades de saúde. A abertura de licitação para retomada e conclusão da Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) do Bairro Santa Emília foi lançada em dezembro do ano passado e a previsão é de que as obras sejam iniciadas ainda no primeiro semestre de 2021. A unidade vai beneficiar mais de 15 mil pessoas da região. O município passará a contar com 73 unidades básicas e de saúde da família.

Na programação estão previstas ainda a retomada dos processos para construção da UBSF Jardim das Perdizes e do Hospital das Moreninhas. Há previsão de implantar um segundo Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS-AD- IV) para tratamento de dependentes químicos e um novo CAPS para atendimento psicossocial infanto-juvenil (CAPS IJ III). O Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) também deve ser ampliado.

Está prevista ainda a criação do Programa municipal de Telerregulação, Teleconsulta e Teleconsultoria para qualificar os encaminhamentos da Rede de Atenção Primária para a Rede de Atenção Especializada. A automação dos serviços proporcionará mais celeridade e transparência aos encaminhamentos. O serviço de Teleatendimento para casos suspeitos e a plataforma de monitoramento para facilitar o acompanhamento dos casos já vem sendo utilizadas pela gestão.

Organização

A pandemia de Covid-19 exigiu uma reformulação nos processos de trabalho e no planejamento para o ano de 2020.
As unidades de saúde tiveram que se ter o fluxo de atendimento redefinido para atender os casos suspeitos e manter os serviços essenciais e a contratação de novos profissionais foi fundamental.

Somente no ano passado, foram convocados 777 novos profissionais de saúde aprovados em concurso público, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, dentistas, farmacêuticos, administrativos, entre outros, superando às 633 previstas no edital.
Com o maior processo seletivo de residência multiprofissional em saúde da família do país, 111 residentes foram integrados à Rede Municipal de Saúde. São profissionais das áreas de Medicina, enfermagem, fisioterapia, educação física, psicologia, serviço social, odontologia e farmácia.

Parcerias foram desenvolvidas para realização de cirurgias eletivas, desafogando a fila de espera do SUS e viabilizaram a implantação do primeiro ambulatório público para atendimento de pacientes com doenças residuais da Covid-19.

Os leitos clínicos e de terapia intensiva (UTI) foram ampliados através da contratualização de hospitais públicos, privados e filantrópicos, assim como a oferta de testes para diagnóstico de pacientes com suspeita de Covid-19, que passou a ser disponibilizados em todas as unidades de saúde, facilitando assim o acesso da população.

Atualmente, 26 unidades básicas da Capital realizam a coleta dos exames para diagnóstico da infecção, todas através de agendamento, sendo que três delas possuem um fluxo especializado durante os finais de semana e feriados, realizando 600 exames por dia.

Outras frentes de atuação foram mantidas durante a pandemia como a de combate ao mosquito Aedes aegypti. Campo Grande ganhou uma biofábrica, através de uma parceria da Sesau, Fiocruz e World Mosquito Program (WMP), para produção de mosquitos com a bactéria Wolbachia, que introduzido nos Aedes, inibe a transmissão da dengue, zika e ckikungunya. Os chamados “Wolbitos” começaram a ser soltos no final do ano passado em sete bairros da região Anhanduizinho e Lagoa e devem auxiliar na redução no número de casos nos próximos anos.