Um levantamento do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio (IPF) e da Prefeitura Municipal de Campo Grande, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo (Sectur) e Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)  apontou os gastos com consumo e comemorações dos foliões campo-grandenses e perfil dos turistas durante o carnaval.

De acordo com a pesquisa, o movimento econômico durante o período de carnaval foi de R$ 7.049.494,95, sendo que R$ 3.299.077,67 foram destinados ao consumo de bebidas e R$ 2.546.844,97 ao de alimentos.

“Percebemos que o Carnaval movimentou bastante a economia da cidade, e isso é importante para o Município. Para o próximo ano pretendemos atuar de forma direta na estrutura carnavalesca e ir ao encontro do anseio do folião campo-grandense”, observou a titular da Sectur, Nilde Brun.

Em geral, os foliões aprovaram o carnaval da cidade, segundo informações levantadas pela pesquisa. Foram avaliados itens como local, organização, disponibilidade e preço de bebidas e alimentação, além de infraestrutura. Segurança, limpeza e oferta de banheiro também foram pontuados.

“Esse levantamento pioneiro na Capital é estratégico para orientarmos os empresários sobre o movimento financeiro nessa época do ano, bem como é o cenário do turismo sazonal que ocorre nessa época”, explica o presidente do Sistema Fecomércio MS, Edison Araújo.

Perfil dos turistas

A pesquisa procurou saber a percepção do folião e também identificar de onde vieram. A grande maioria veio de São Paulo (33,68%), seguido por Rio de Janeiro. Quase 70% estavam de passagem pela capital sul-mato-grossense e seus destinos finais eram principalmente Bonito e Serra da Bodoquena. 48,39% ficariam na casa de familiares e 68,37% não tinham pretensões de visitar atrativos turísticos. Entre os que tinham intenção (27,5%), menos da metade (40%) iriam a parques.

Perfil dos foliões

Entre os foliões que participaram dos blocos de rua e do desfile, apenas 8,5% eram compostos por turistas vindos de São Paulo (18,92%) e de Cuiabá (8,11%). Boa parte veio de carro (36,36%), sendo que pretendiam ficar até sete dias na capital e iriam se hospedar na casa de parentes (39,39%) e em hotéis (24,24%). Menos de 10% desses foliões foram compostos por turistas.

Com relação ao consumo, os foliões estavam dispostos a gastar até R$ 50,00 em sua maioria – mesmo valor auferido na pesquisa de intenção de consumo feita pelo IPF e Sectur.

A pesquisa detectou que 46,80% desses gastos foram destinados a bebidas e 36,13% a alimentação. Gastos com fantasia variaram entre R$ 15,00 e R$ 250,00. A maior variação foi feita com o transporte até o local da comemoração: usuários do UBER informaram que gastariam entre R$ 5,00 e R$ 360,00 e com táxi entre R$ 12,00 e R$ 300,00, sendo a forma de pagamento mais usada o dinheiro (78,93%).

Foram entrevistadas 496 pessoas, distribuídas em locais estratégicos: rodoviária (19,6%), aeroporto (15,72%), desfile (15,72%) e participantes dos blocos de rua (64,52%).