A maior festa popular de Campo Grande, o Carnaval 2020, ocorreu em quatro dias de muita alegria para a população e trabalho coordenado para as instâncias da Prefeitura Municipal que lidaram diretamente com a realização de eventos, segurança, orientação e saúde dos mais de 300 mil foliões que curtiram as manifestações espalhadas pelos quatro cantos da Capital.

Encerrando com saldo positivo, o diálogo proposto pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo com as demais Secretarias Municipais, órgãos envolvidos com a segurança pública, órgãos de proteção aos direitos das crianças e adolescentes, trade turístico, sociedade civil e produtores culturais começou em setembro do ano passado e a união entre todos os envolvidos foi de extrema importância para fazer desta a edição mais plural e segura do Carnaval.

Falando em pluralidade, nunca foram vistas tantas manifestações diversas no Carnaval em Campo Grande como no ano de 2020. Muito desse positivo resultado, que reuniu expressões para quem gosta de atividades holísticas até para estilos diferenciados de música, como rock e reggae, se deu por conta do diálogo instituído pela Sectur.

O turismo foi importante ferramenta para garantir que aqueles que não gostam de curtir o Carnaval na folia das ruas tivessem opção de lazer, como trilhas, rapel e trekking, nos quatro dias de festa. Foram mais de 15 atividades propostas por empresas do segmento que registraram turistas vindos do Paraná, Santa Catarina e interior do Estado para curtir de um jeito diferente esta festa.

“Todos os participantes, especialmente os turistas, saíram extremamente satisfeitos e isso é bacana porque fortalece e reflete aquilo que a gente quer trazer pro turismo de Campo Grande, além de reafirmar que nossa cidade tem sim muita coisa para se fazer”, pontua Cristevan Correa Veloso, sócio proprietário da Trilha Extrema Turismo e Aventura.

Todas as atividades monitoradas pela Prefeitura Municipal estavam dispostas para toda a população ter acesso por meio do site www.carnaval.campogrande.ms.gov.br , criado pela Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação (Agetec).

Por meio do trabalho da Guarda Civil Metropolitana, sob coordenação do secretário Especial de Segurança e Defesa Social, Valério Azambuja, o Carnaval teve número recorde de homens empenhados em prol da segurança nas ruas de Campo Grande.

“Colocamos à disposição dos foliões mais de 130 homens, mais de 25 viaturas, drones, além da tecnologia de câmeras instaladas ao longo da Rua 14 de julho já revitalizada, que provou ser eficaz com vários flagrantes durante esses festejos. Podemos afirmar com toda a certeza que o carnaval de 2020 foi um sucesso e acreditamos que com mais opções e o aumento do efetivo esta festa está dentro do que foi planejado e previsto pela administração pública”, pontua ele.

O trânsito também passou por árduo policiamento pelo Batalhão de Polícia Militar e pela Agetran. Em dados divulgados pelo BPTran MS, houve uma redução de 30% nos acidentes com vítimas em comparação com 2019. Foram realizados 790 testes etilômetro em 2020, 22 flagrantes de embriaguez e 196 foram autuados por dirigirem embriagados, sendo que nenhum acidente contou com vítima fatal em Campo Grande.

Um efetivo de 25 agentes da Agetran esteve empenhado na coordenação do trânsito, fechamento de ruas e controle de áreas de estacionamentos públicos para evitar o uso do espaço por ambulantes não autorizados. A reabertura das vias foi realizada antes do prazo previsto, como ocorreu nesta quarta-feira, 26, na Fernando Côrrea da Costa.

E no ano de 2020 pouco se falou sobre sujeira nas ruas da Capital por conta do trabalho pontual de equipes da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), que disponibilizou mais de sete caminhões pipa para lavagem total da Esplanada Ferroviária e Fernando Corrêa para os quatro dias de eventos, além de mais de 250 trabalhadores nas vias, garantindo a limpeza da nossa Capital.

O Morena Folia na retomada do Carnaval na Avenida Fernando Corrêa da Costa conseguiu aglomerar mais de 40 mil pessoas por dia sem nenhuma ocorrência de alto impacto para os foliões, sem problemas na dispersão da população e sem casos de violência dentro do espaço reservado para a festividade.

Segundo a secretária municipal de Cultura e Turismo, Melissa Tamaciro, o Morena Folia conseguiu retomar o sentimento de nostalgia aliado ao compromisso de total seguridade. “Essa festa é a prova de quanto é possível fazer uma grande celebração para multidão com muita segurança quando respeitamos as orientações das instituições de segurança pública pra oferecer uma experiência divertida e memorável à população”, diz.

Proteção às crianças e adolescentes e atendimento médico emergencial

Num trabalho ordenado e em extrema sintonia foi possível alçar números mais concretos a respeito da defesa das crianças e adolescentes.

A Secretaria de Assistência Social Municipal (SAS), realizou abordagens diárias nos comércios do Carnaval orientando quanto a proibição da venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos, informando que em ocorrendo, seria acionado a Semadur, Conselho Tutelar e Polícia Militar. Trabalharam durante os quatro dias de festa um efetivo que contou com dez educadores e mais de 20 conselheiros tutelares.

“O trabalho realizado pelas equipes teve como foco a orientação à população com relação ao trabalho infantil, exploração sexual e uso de substâncias psicoativas como álcool e outras drogas. Durante as festividades foram distribuídos leques com o número do disque denúncia e frases alusivas à campanha em faixas nos principais dias da festividade. Também foram realizadas abordagens e conscientização às famílias”, descreve o secretário de Assistência Social, José Mário Antunes.

Os foliões que precisaram de auxílio médico contaram com cerca de 18 profissionais da saúde distribuídos em cada uma das unidades de saúde montadas na Plataforma Cultural e em tendas na Praça do Papa e na Fernando Corrêa.

Na área de tombamento histórico 75 pessoas receberam auxílio médico, na Fernando Corrêa da Costa 60 cidadãos foram atendidos e na Praça do Papa este quantitativo foi reduzido para seis pessoas.

Para o coordenador de Urgências e Emergências da Sesau, Yama Higa, é possível traçar um panorama a respeito da diferença de público entre os foliões da Esplanada, Praça do Papa e Fernando Corrêa. “Na Esplanada tínhamos um público basicamente formado por crianças, jovens e adolescentes. Na Fernando Corrêa era uma população um pouco mais adulta e, na Praça do Papa, a grande maioria eram famílias”, discorre.