Ampliar o acesso da população a consultas médicas e odontológicas, coleta de exames laboratoriais, aplicação de vacinas e pré-natal, fortalecendo a Atenção Primária, é um dos objetivos do programa Saúde na Hora, lançado oficialmente na manhã desta segunda-feira (22) pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em Campo Grande, sendo a Unidade de Saúde da Família (USF) Dr Mauro Rogério de Barros Wanderley, no Bairro Iracy Coelho, escolhida para ser a primeira do país a funcionar com o novo modelo de assistência.

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O prefeito Marquinhos Trad destacou os esforços da Gestão para melhorar a saúde da população.

Para ser habilitada como unidade modelo do programa Saúde na Hora, a USF, nova nomenclatura adotada pelo Ministério da Saúde, passou por reforma, sendo executa pintura externa e interna, troca de mobiliário, execução de paisagismo, jardinagem e adequações necessárias.

A obra, orçada em R$ 104 mil contou com recursos da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg) e foi realizada sob a fiscalização a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), com a colaboração e apoio da Coordenadoria de Manutenção da SESAU.

O prefeito Marquinhos Trad, ressaltou os esforços que a atual Gestão tem feito para melhorar o atendimento à população. “Nós estamos tentando fortalecer, principalmente, a ponta, as unidades básicas de saúde e não apenas a UPA ou a média e alta complexidade, porque tudo começa lá no bairro. Se nós não darmos atenção primária, a básica, nós vamos sempre ficar correndo atrás do prejuízo”, frisou.

Estrutura para atendimento

A unidade possui quatro equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF), compostas por: quatro médicos, quatro odontólogos, quatro enfermeiros, sete técnicos de enfermagem, três administrativos, 1 farmacêutico, 1 dispensador de medicamentos, dois  assistentes sociais, gerente,  26 Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) e quatro Agentes de Combate a Endemias (ACEs).

IMG_6636 (Copy)Conta com apoio matricial do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF) composto por um equipe multiprofissional: pediatra, ginecologista, fisioterapeuta, psicólogos e profissional de educação físico. É uma unidade certificada como Unidade Saúde Escola (USE) e recebe acadêmicos de enfermagem, medicina dentre outros.

É responsável por uma área de abrangência que compreende aproximadamente 20 mil pessoas e realiza acolhimento a demanda programada e demanda espontânea das 07h às 19h com média de 250 a 300 pessoas assistidas por dia com consultas e procedimentos, totalizando 5000 atendimentos ao mês.

A unidade oferta ainda escuta qualificada com classificação de risco e vulnerabilidade em todo horário de funcionamento.

Bairros da área de abrangência: Residencial Zenóbio, Itapevi, Itaparica, Itajaí, Centenário, Jardim Centenário, Cedrinho, Iracy 1,2,3, Jardim Manaíra, Vinicius de Moraes,  Aracuay Castro, Aymore 1,2 Vila Nogueira,  Amapá, Aymore.

Saúde na Hora
Campo Grande é a segunda cidade do país com o maior número de unidades habilitadas, ficando atrás somente do município de Fortaleza –CE, conforme a Portaria 86/2019 do Ministério da Saúde.

Das 68 UBSs e UBSFs existentes no município, 33 foram cadastradas e 25 homologadas/habilitadas até o momento no programa Saúde na Hora (Clique aqui e baixe a relação de unidades homologadas). As unidades devem receber um incremento  financeiro para custeio de  aproximadamente R$882 mil por mês, ou o equivalente a R$35,3 mil para cada uma. O valor do recurso destinado a partir de agora para cada unidade salta de R$ 33 mil mensais, para R$ 68,3 mil, mais que o dobro recebido atualmente. Totalizando todos os recursos, o aumento passa de R$ 724,6 para R$ 1,5 milhão mensais.

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Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, explicou o propósito do Programa Saúde na Hora.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, explicou o propósito do Programa Saúde na Hora.  “Campo Grande é a primeira cidade a ter o Programa Saúde na Hora. Atualmente, as unidades tradicionais trabalham das 7h às 11h das 13 às 17h e os trabalhadores homens e, principalmente, as mulheres trabalhadoras saem de casa muito cedo e volta mais tarde. Elas não tinham acesso à atenção primária. Com esse Programa [Saúde na Hora] as unidades podem ficar abertas até às 22 horas sem interrupção para aumentar acesso Atenção Primária e esses trabalhadores serão atendidos”, disse ele.

Em todo o Brasil, 300 unidades de saúde de 56 municípios já foram habilitadas no programa, beneficiando R$ 3,5 milhões de pessoas, segundo o Ministério da Saúde.

O programa Saúde na Hora visa ampliar o acesso da população aos serviços da Atenção Primária, como consultas médicas e odontológicas, coleta de exames laboratoriais, aplicação de vacinas e pré-natal.

A iniciativa amplia ainda os recursos mensais a municípios que estenderem o horário de funcionamento das unidades de saúde para o período da noite, além de permanecerem de portas abertas durante o horário de almoço e, opcionalmente, aos fins de semana.

As unidades passam a receber os recursos ampliados para custeio mensal das equipes já no final do primeiro mês de funcionamento, sendo observado o atendimento aos critérios previstos na Portaria 930/2019.

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Secretário de Saúde, José Mauro Filho destaca que o programa deverá atender 25 unidade de saúde em Campo Grande.

O secretário de Saúde, José Mauro Filho, disse que “é uma grande honra de poder participar desse programa nas 25 unidades habilitadas para Campo Grande que poderão atender em horário estendido e realizarem diversos atendimentos médicos, de enfermeiro, pequenos procedimentos, vacinas e proporcionar, assim, melhora dos cuidados de saúde da população.”

Atenção Primária Forte
Durante o ato, ocorreu a assinatura do Termo de Cooperação com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) tornando Campo Grande parte integrante do Laboratório de Inovação na Atenção Primária a Saúde Fiocruz Mato Grosso do Sul (INOVAAPS-FIOCRUZ MS – APS FORTE).

Em outubro do ano passado, o município passou a fazer parte do Laboratório de Inovação  em Atenção Primária da Organização Panamericana de Saúde (OPAS), braço da Organização Mundial de Saúde (OMS),  juntamente com os municípios de Porto Alegre, Teresina e Distrito Federal (Brasília).

O reconhecimento ocorreu diante do avanço na cobertura da Estratégia de Saúde da Família (ESF) no município que saltou de 33% (janeiro de 2017) para 60% (outubro de 2018), ampliando assim o acesso e a qualidade da assistência prestada à população campo-grandense.

Campanha de Vacinação contra Hepatites Virais e Testagem


O evento marcou ainda o Lançamento Nacional da Campanha de Vacinação contra Hepatites Virais e Testagem. O Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais é lembrado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no próximo domingo, dia 28 de julho.

O embaixador do Movimento Vacina Brasil Michel Teló participou do lançamento da Campanha Nacional e destacou a importância de manter a vacina em dia.

Desde o início do mês, as 68 unidades básicas de saúde de Campo Grande vêm intensificando as ações de prevenção e promoção à saúde, levando informações à população quanto a importância do diagnóstico precoce destas infecções que podem ser transmitidas pela relação sexual desprotegida.

A testagem rápida para as hepatites B está disponível nas 68 UBS e UBSF é a maneira precoce para o diagnóstico da doença. Ainda não existe vacina para a hepatite C

IMG_5710 (Copy)A vacina contra as hepatites A e B também está disponível em todas  as unidades. A vacina para hepatite A é aplicada nas crianças até os 12 meses de vida. Já para a hepatite B é administrada ao nascer e pode, também, ser realizado o esquema vacinal com três doses em qualquer idade, incluindo adolescentes, adultos, idosos e gestantes.

As hepatites são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Elas causam a inflamação do fígado por meio de vírus, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. São doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas quando aparecem podem apresentar cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os vírus D e E, esse último mais frequente na África e na Ásia. Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite.