Missão comercial do Sultanato de Omã foi recebida na manhã desta quinta-feira (6) pelo prefeito Marquinhos Trad. A comitiva veio a Mato Grosso do Sul com visão de negócio especialmente para Campo Grande. O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e de Ciência e Tecnologia, Abrahão Malulei Neto, também participou da recepção aos visitantes de Omã, no gabinete do Paço.

IMG_0675 (Copy)Da comitiva visitante participaram o embaixador do Sultanato de Omã no Brasil, Amad Hamood Salim Al Abri; o cheikh Abderrahmane Mohamed El Hacen, presidente da CS Groups Negócios Internacionais, empresa parceira da Brukcham especializada no mercado árabe;  o presidente da Brukcham , Alexandre Antonio da Costa Lucena; e Luiz Eduardo Castro Amaro, presidente do Comitê de Parcerias e Novos Negócios – Regional Sul – Brukcham. O reitor da UEMS, professor Fábio Edir dos Santos Costa, participou da audiência a convite da Bruckcham. O grupo busca oportunidades de negócios para Omã.

Ressaltando a importância da colônia árabe no Brasil e especialmente em Campo Grande, o prefeito Marquinhos Trad comentou sobre a colônia libanesa que vive na Capital, que hoje envolve cerca de 50 mil pessoas. “Eu sou descendente de árabes – disse o IMG_0628 (Copy)prefeito – e não posso deixar de reforçar a importância dessa colônia no desenvolvimento de Campo Grande”, afirmou.

“Essa visita é muito importante para os dois lados, tanto para Campo Grande/Mato Grosso do Sul quanto para Omã”, afirmou o cheikh Abderrahmane Mohamed El Hacen, ressaltando que o objetivo é levar produtos do agronegócio para Omã, usando o porto daquele país como porta de entrada para Ásia, África e Oriente Médio. E prosseguiu: “em contrapartida, Omã tem interesse em investir em infraestrutura no Estado”, garantiu Abderrahmane Mohamed El Hacen, citando como exemplos o porto seco e a futura ponte ligando MS ao Paraguai, parte da futura Rota Bioceânica.

Os focos de atenção estão voltados para o agronegócio – soja, milho, gado – e também no setor de ensino e pesquisa, oferecendo recursos para parcerias com universidades.

O embaixador do Sultanato de Omã no Brasil, Amad Hamood Salim Al Abri, afirmou que veio a Campo Grande para conhecer de perto as potencialidades do Município. “A ideia de vir para Campo Grande é saber que tipo de cooperação pode ser trabalhada visando futuras parcerias a partir do conhecimento da realidade local”. O embaixador Omani fez amplo relato das potencialidades do Sultanato, destacando os setores empresariais que recebem mais atenção do governo: indústria de transformação, logística, turismo e agronegócio.

Cidades Irmãs

O projeto para transformar Campo Grande e Mascate, capital do Sultanato de Omã, em Cidades Irmãs está sendo desenvolvido pela Câmara de Comércio, Indústria e Serviços Brasil-Reino Unido (Brukcham), com sede em São Paulo. “Desenvolvemos trabalho semelhante com São Paulo e Londres, que se transformaram em cidades irmãs”, afirma Luiz Eduardo Castro Amaro, presidente do Comitê de Parcerias de Novos Negócios – Regional Sul – da Brukcham.

“Essa parceria entre Mato Grosso do Sul, através de Campo Grande, com o Sultanato de Omã vai render resultados positivos para ambos os lados”, completou Castro Amaro.

Omã é uma monarquia absoluta. O Sultão Qaboos bin Said Al Said tem sido o líder hereditário do país desde 1970 e é o atual governante mais antigo no Oriente Médio, e o sétimo monarca cujo reinado é o mais longo do mundo.

A história de Omã é antiga. A região foi dominada pelo Império Persa por mais de mil anos por ter localização privilegiada, na extremidade sul da Península Arábica, entre a Ásia e a África. A notoriedade do porto de Mascate vem desde o século I. Ali era comercializado o incenso considerado mais puro do mundo. Tanto que a Rota do Incenso (próxima da fronteira com o Iêmen) é considerada como Patrimônio Mundial pela Unesco.

Omã já foi um país dominado pelos portugueses, que permaneceram por lá por cerca de um século a partir de 1507.