A Semana D de combate a dengue, realizada semana passada em sete unidades escolares da Rede Municipal de Ensino (Reme), foi encerrada neste sábado (30), na escola Carlos Vilhalva Cristaldo, com uma caminhada ecológica que contou com a participação da secretária municipal de Educação, Elza Fernandes e do superintendente de Políticas Educacionais da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Waldir Leonel. Alunos, profissionais da escola, técnicos da Semed e comunidade escolar percorreram ruas do bairro coletando material que podem acumular água, como latas e garrafas e que foram descartados de forma irregular na rua.

WhatsApp Image 2019-03-30 at 10.10.46 (8)Durante a caminhada, os professores explicaram sobre os riscos desse tipo de material se transformar em um criadouro do mosquito Aedes Aegypti e a forma correta de fazer o descarte. A secretária Elza Fernandes agradeceu a parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), que colaborou no desenvolvimento das atividades realizadas durante a semana. “Que essas ações possam ser contínuas em nosso dia a dia. Precisamos estar em alerta e cuidar da nossa casa para evitar a formação de criadouros e esse cuidado precisa ser o ano todo para evitar as epidemias”, disse.

Além da caminhada, os alunos assistiram apresentações do grupo de teatro da Divisão de Esporte, Arte e Cultura da Rede Municipal de Ensino (Reme) e da escola Professor Licurgo de Oliveira Bastos. Durante toda a manhã ainda houve palestras de orientação ministradas por profissionais da Sesau e atividades recreativas na quadra da escola, todas explorando a temática de combate a doença.

Apesar da pouca idade, as alunas Eloá de Souza Vitória, 6, e Isabeli de Souza de Menezes, 7, aprenderam bem a lição. “Não pode deixar a caixa d’água aberta e precisa tampar as garrafas do quintal para não encher de água”, disse a pequena Eloá. As duas, que ajudaram a produzir um mural com os desenhos feitos sobre a dengue garantem que levaram os ensinamentos para a família.

WhatsApp Image 2019-03-30 at 10.14.29 (3)Mesma atitude das amigas  Ana Clara Ferreira, 10 e Valdelice Vitória Pinheiro, 9, que ficaram surpresas em saber que a dengue pode levar à morte. “Eu achei que a gente só ficava doente, mas não, as pessoas morrem”, contou Ana Clara. Já Isabeli disse que na aula de Matemática aprendeu sobre as estatísticas autuais da dengue na Capital e sobre a quantidade de ovos que fêmea do mosquito pode botar. “Falei para minha cuidar da limpeza do nosso quintal e agora cuido todo dia para ver se ele não está sujo”, revelou.

Constante

De acordo com a coordenadora pedagógica Elizângela Marciano, as atividades forma multidisciplinar e envolveu os 1,4 mil alunos, desde a Pré-Escola até a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Além do material e orientações recebidas na escola, os alunos também levaram aos professores, informações sobre como a família combate a doença em casa e mostraram preocupação em manter o ambiente limpo. Os trabalhos foram conduzidos pelas professoras Viviane Ribas e Lucia Vatre, do laboratório de Ciências.

“É um tema que abordamos o ano todo, não apenas em momentos específicos. Fazemos vistorias constantes na escola e como a doença tem ciclos, fazemos um trabalho de conscientização frequente”, explicou. O projeto de combate a dengue será desenvolvido pelos profissionais da educação nas escolas nos próximos quatro bimestres, com ações durante todo o ano letivo para informar a comunidade escolar sobre os conhecimentos relacionados ao Aedes aegypti, além de engajar ações de controle, provocar reflexões e mudanças de comportamento que evitem a proliferação do mosquito.