Com uma malha viária urbana não pavimentada de 1.100 km para manter,  a Prefeitura de Campo Grande, mesmo com chuvas quase diárias na cidade inteira ou em pontos isolados,  tem conseguido recuperar todo mês, em média, 60 quilômetros de ruas,  principalmente  os  acessos aos bairros mais populosos e linhas de ônibus. Nesta semana, por exemplo,  as equipes passaram ou ainda estão em regiões como a do Jardim Itamaracá,  Santa Emilia, Nova Campo Grande, Nova Lima, e já estão programadas  intervenções no Jardim Inapolis,  Noroeste e Oliveira 3.

Com orçamento apertado (em torno de R$ 600 mil por mês), número reduzido de equipes, para atender uma malha que corresponde a distância de Campo Grande a São Paulo, segundo o secretário  de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fiorese, a  prioridade é garantir condições de trafegabilidade nos locais que acabam intransitáveis praticamente a cada  precipitação. Na época de estiagem está previsto uma ação preventiva, com a execução de pelo menos 30 km de cascalhamento.

Na região do Itamaracá, onde nesta quinta-feira (25) está  uma das frentes de serviço em andamento, além do trabalho de reconformação da pista, com elevação do grid,  foram feitas uma série de intervenções para melhorar o escoamento da enxurrada nas ruas Ana Batista Caminha, Salomão Salatiel, João Lemes de Rezende  e doutora Maria de Lurdes Salomão, que desemboca na Guaicurus e chega ao trecho do macroanel, onde termina a avenida.

“A enxurrada desce com tanta força que quando chove forte, acaba interrompendo o trânsito no macroanel, diante do risco da travessia neste ponto de intersecção com o trecho final da Guaicurus”, explica o secretário. Outra consequência foi o surgimento de erosão nas ruas adjacentes que margeiam a rodovia federal.

Na Avenida Ana Batista Caminha e na Rua João Lemes de Rezende, foi feito um trabalho de drenagem superficial, com elevação do grid da pista em curva nível, para reduzir a velocidade da água. Ao longo das duas ruas foram abertas bacias de contenção para reter as águas pluviais e que terão um escoamento mais lento. Também está prevista a limpeza das bocas de lobo da  Guaicurus.

Outro ponto crítico que começa a ser atacado é no Bairro Nova Campo Grande, região de lençol freático aflorado,  e que se potencializa com o excesso de umidade provocado pela chuva.  Equipes foram deslocadas para recuperar um dos pontos críticos, na Rua 79, mas  o trabalho de recuperação só será possível após pelo menos 24 horas de estiagem para garantir um mínimo de durabilidade ao serviço.