Alunos da Rede Municipal de Ensino (Reme) que participaram da 11ª edição nacional dos Jogos Paralímpicos Escolares, realizada em São Paulo, se destacaram e trouxeram medalhas para Campo Grande.

Participaram mais de 900 atletas de todo o país, com idades entre 12 e 17 anos. As provas aconteceram durante uma semana, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.

Os alunos, que retornaram a Campo Grande esta semana, disputaram dez modalidades: atletismo, bocha, futebol de 7, goalball, judô, natação, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, futebol de 5 e basquete em cadeira de rodas.

Ao todo, a delegação da Reme levou alunos de 19 escolas municipais. Participaram estudantes das escolas Rachid Saldanha Derzi, Prof. Antonio Lopes Lins, Elpidio Reis, Imaculada Conceição, Profª. Maria Tereza Rodrigues, Prof. Wilson Taveira Rosalino, Nerone Maiolino, Arlindo Lima e Padre Tomas Ghirardelli, João Neponuceno, Elizio Ramires, Professor Nagib Raslan, Dr. Eduardo Olimpio Machado, Professora Oneida Ramos, Licurgo de Oliveira Bastos, Antonio José Paniago, Múcio Teixeira Junior e Santos Dumont.

O estado de Mato Grosso do Sul ficou em quinto lugar no quadro geral de medalhas no evento, com 34 medalhas de ouro, 26 de prata e 10 de bronze. No total, os atletas trouxeram 70 medalhas para o estado, que na classificação geral ficou em 4º lugar, com 292 pontos somados.

Para a aluna Rafaela Alencar, de 14 anos, da Escola Municipal Múcio Teixeira Junior, localizada na Vila Carlota, a conquista de três medalhas, duas de ouro e uma de bronze, no tênis de mesa gerou mais estímulo para treinar. “Achei bem legal o campeonato. Foi muita alegria, muita emoção. Minha família ficou muito feliz. Isso me estimula porque mostra minha superação”, ressaltou.

Rafaela conquistou uma medalha de ouro no individual, uma de ouro na disputa com equipe e uma de bronze no individual. A estudante relatou que pratica a modalidade faz três anos e iniciou os treinos dentro da escola.

Já na escola Professor Licurgo de Oliveira Bastos, dois alunos se destacaram na natação, nos estilos crawl, peito e costas, conquistando cinco medalhas. A aluna Michelly Arruda, de 13 anos, estudante do 6º ano, comenta sobre a emoção da conquista nos estilos crawl e costas, que lhe rendeu o terceiro lugar. “Foi incrível. Não esperava nem participar do campeonato. Minha professora me estimulou e me ajudou muito”, disse Michelly, que competiu com mais seis atletas de outros estados.

Ela ressaltou que a escola influencia muito quanto a sua dedicação nos treinos e que sua família está orgulhosa dos resultados. A estudante, que tem déficit intelectual, treina duas horas por dia e disse que o esporte tem ajudado a superar seus limites.

O aluno William Gomes dos Santos, de 12 anos, que cursa o 6º ano, comentou sobre a emoção de se classificar em três estilos e levar o ouro para a escola. William competiu contra cinco concorrentes e conquistou o primeiro lugar no nado de costas, além da prata no crawl e no nado de peito. “Fiquei feliz. Gostei de competir e eu gosto de nadar. Me sinto bem nadando e isso ajuda muito na minha saúde”, afirmou.

Na escola Arlindo Lima, Omizia Nunes Santos, de 15 anos, estudante do 8º ano, se destacou com duas medalhas de ouro no atletismo, no arremesso de peso e de dardo. A aluna esta há dois anos treinando a modalidade. “Fiquei muito feliz porque não é fácil ganhar medalha de ouro. Minha família me ajuda e me apoia muito. Meus pais falaram que eu era o orgulho deles”, pontuou.

Paralímpiadas

A 11ª edição dos Jogos Paralímpicos teve por finalidade estimular a participação dos estudantes com deficiência física, visual e intelectual em atividades esportivas de todas as escolas do território nacional, promovendo ampla mobilização em torno do esporte.

O objetivo é fomentar e estimular a participação de estudantes de todo o território nacional com deficiência física, visual e intelectual na prática de atividades esportivas; além de oportunizar um ambiente para o desenvolvimento dos destaques esportivos paralímpicos.

Os Jopares também visam utilizar a prática esportiva como fator de integração e intercâmbio sociocultural e desportivo entre estudantes; garantir o conhecimento do esporte paralímpico de modo a oferecer mais oportunidade de acesso à prática inclusiva escolar em todo o território nacional.