Se você está acostumado a tomar o tereré, bebida típica de Mato Grosso do Sul, sabe que ele é feito com a erva-mate, a mesma usada no famoso chimarrão dos gaúchos. Mas você já viu uma árvore de erva mate? Se não viu, agora é só dar uma passadinha na Rua 14 de Julho, bem no coração comercial de Campo Grande para conhecer.

Começou nesta sexta-feira (27) o plantio de árvores de erva mate, espécie que está inserida no projeto de paisagismo que a arquiteta e urbanista Maria Teresa Lemes Corrêa Fernandes desenvolveu para a requalificação da via no Reviva Campo Grande. A erva mate foi escolhida por ter um forte vínculo cultural e regional com os campo-grandenses, mas outras espécies também fazem parte desse conceito, como por exemplo, os ipês, tão característicos e populares em Mato Grosso do Sul.

A erva Mate (Ilex paraguariensis) é uma árvore nativa do Brasil e da América do Sul, presente no Mato Grosso do Sul, na região de fronteira com o Paraguai. Trata-se de uma espécie rústica, ornamental, de porte mediano, que pode chegar a oito metros de altura. A florada acontece entre os meses de outubro a dezembro, os frutos amadurecem de janeiro a março e servem de alimento para os pássaros.

“Em Campo Grande, as aves, incluindo as araras, se adaptaram à movimentação das pessoas e do trânsito de veículos, então não se intimidam para comer as frutinhas, mesmo em uma área central. A árvore contribui para proporcionar condições que são atrativas para as aves e isso é muito importante para manter vivo o ecossistema em um ambiente urbano”, lembra a consultora socioambiental do Reviva, Juliana Casadei.

O projeto de paisagismo segue para a última etapa de plantio. Embora finalizado, o paisagismo tem garantida a manutenção das árvores e o acompanhamento do desenvolvimento de cada uma ao longo das dez quadras requalificadas. Lembrando que a população também pode ajudar, não jogando lixo no pé das espécies, não pendurando nada nos troncos e preservando a natureza.