Com objetivo de sensibilizar a população quanto à violência sofrida pelas mulheres, mais de 200 pessoas se reuniram na manhã desta sexta-feira (16), em frente ao Paço Municipal, para caminhar até a Praça Ary Coelho. O ato é em alusão ao aniversário de 13 anos da Lei Maria da Penha.

Durante a caminhada, o prefeito Marquinhos Trad ressaltou a importância de atos de conscientização e empoderamento feminino. “Todo mundo tem mãe e pode ter irmãs e filhas e eu duvido que alguém aceite que uma mulher perto de você sofra uma violência e por isso é tão importante encorajar nossas mulheres e todas as pessoas que presenciam essa situação a denunciar para que haja punição. Respeito, é através dessa palavra que nós vamos fazer barulho até que todos os seres humanos saibam que é apenas o que a gente quer”.

O ato reuniu representantes de todas as secretarias do município, além de mulheres do Conselho Municipal dos Diretos da Mulher e da Associação de Mulheres com Deficiência. “13 anos da lei Maria da penha, 120 anos de campo grande, Agosto Lilás, e nós estamos aqui, mulheres reunidas para fazer essa caminhada pelo centro da cidade a partir da Prefeitura, um espaço de decisão política, onde nós temos um prefeito que fortalece a política publica para mulher, promove e garante os direitos das mulheres campo-grandenses. Todas juntas nessa causa que é trabalhar pelo fim da violência contra a mulher”, disse a Subsecretária de Políticas para a Mulher (SEMU), Carla Stephanini.

A Lei recebeu o nome de Maria da Penha, para homenagear Maria da Penha Fernandes vítima emblemática da violência doméstica, pois sobreviveu a duas tentativas de homicídio por parte do ex-marido, ficou paraplégica, e se engajou na luta pelos direitos da mulher e na busca pela punição dos culpados. Ela se tornou símbolo e líder de movimentos de defesa dos direitos das mulheres.

Assim como Maria, Ani Margareth de Souza, de 50 anos, também sofreu violência durante os 12 anos de casamento, se livrou das agressões e hoje caminha ao lado de outras mulheres lutando para o fim da violência contra a mulher. “O meu ex-marido saiu de casa por causa dessa lei. Não foi fácil, mas a gente precisa ser forte e não ter medo porque se não estaria sofrendo até hoje, então essa caminhada tem um significado muito grande e importante para mim. Hoje depois de 10 anos eu ajudo outras mulheres a também saírem desse ciclo de violência e lutarem pelos seus direitos”.