Com a finalidade de promover, no âmbito Municipal, ações sócio-políticas e culturais, voltadas à defesa e interesse dos Direitos do Negro, o Conselho Municipal dos Direitos do Negro (CMDN) recebeu nesta quinta-feira (19) os 32 novos membros titulares e suplentes, que terão mandato até setembro de 2021.

O Conselho Municipal dos Direitos do Negro (CMDN) foi criado em 1993, por meio da Lei 2.987, de 7 de outubro. Ao dar posse aos conselheiros, o IMG_9391 (Copy)prefeito Marquinhos Trad falou da importância da atuação do conselho para garantir avanços nas políticas públicas voltadas para a pessoa negra.

“Campo Grande, pela primeira vez, tem uma coordenadoria voltada para a pessoa negra. Mas isso não deveria ser mérito, já que defendo que todo organograma de qualquer administração pública já deveria ter uma coordenadoria como a nossa, a fim de que pudéssemos, em conjunto com vocês, avançar nas políticas públicas. Estamos dando essa oportunidade e quero que vocês se aproximem da nossa gestão para que possamos conquistar a igualdade de direitos”, disse o chefe do Executivo.

Em nome dos novos conselheiros, o membro titular Robson Faciroli, representante do Instituto Sócio Cultural de Matriz Africana, destacou a relevância do Conselho para a população.

“O conselho vem de contrapartida principalmente a nós que somos de matriz africana e tem fundamental importância, pois teremos o poder de fala, de deliberação e a oportunidade de estarmos juntos com os governamentais para expor as necessidades, a realidade que acontece nas nossas comunidades, que acontece com o negro em si, o negro da periferia, o negro sem estudo, o negro carente, as nossas dificuldades. Então é de suma importância principalmente na atual conjuntura que vivemos no país, onde há perseguição à religião, ao negro. É hora de darmos as mãos, nos unirmos e fortalecermos a causa”, ponderou Faciroli.

O órgão de deliberação coletiva está vinculado a Secretaria Municipal de Políticas e Ações Sociais e Cidadania – SAS e, atualmente, também ligado a Subsecretaria de Direitos Humanos da Subsecretaria Municipal de Governo e Relações Institucionais –SEGOV.

De acordo com o subsecretário Ademar Coringa, o conselho representa a preocupação da gestão com as políticas públicas. “Eu só tenho a desejar um mandato promissor, ativo, que participe realmente das discussões das nossas políticas públicas até para auxiliar as secretarias, os vereadores e a nossa gestão, que é voltada para isso. Nossa missão é desenvolver as políticas públicas para acabar com a desigualdade social, e o conselho saiu do clamor da sociedade, com a gestão voltada para pessoas, ouvindo as pessoas. Nós estamos sempre de portar abertas aos movimentos e que a gente possa fazer um grande mandato”, disse.

“É um momento super importante para nós porque fala um pouco da participação da sociedade civil, unifica os movimentos tanto negro quanto de igualdade racial em torno da política para a ascensão da população, políticas públicas e ações importantes e afirmativas dentro de Campo Grande”, concluiu a coordenadora de Promoção de Igualdade Racial da Subsecretaria de Defesa dos Diretos Humanos Rosana Anunciação.

O principal objetivo do CMDN é deliberar, no âmbito do município, assuntos pertinentes aos interesses do negro, assegurando a este o tratamento com dignidade e respeito e a igualdade de condições como cidadão.