Seis escolas da Rede Municipal de Educação (Reme) participam, até amanhã (21), da Feira de Ciência e Tecnologia de Campo Grande (Fecintec), realizada pelo Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS). A feira, que teve sua primeira edição em 2013, reúne trabalhos de estudantes dos níveis Fundamental e Médio das redes pública e privada.

As escolas das Reme participantes são: “Irmã Edith Coelho Neto, “Professora Elizabel Maria Gomes Sales e “Domingues Gonçalves Gomes”, cada uma com dois trabalhos; e as escolas “Lenita de Senna Nachif”, “Antônio José Paniago” e a escola agrícola “Governador Estevão de Figueiredo” participam com um projeto cada.

Os alunos da escola “Irmã Edith Coelho Neto” apresentam os trabalhos “A botânica como ferramenta pedagógica: uma experiência entre alunos e professores em Campo Grande – MS” e “As lendas do Mato Grosso do Sul pela arte contemporânea – grafite”.

Para a estudante Karolinne Vieira, a feira é interessante pois permite além da exposição de seus trabalhos, uma troca de ideias com os demais participantes. “O objetivo do meu trabalho foi mostrar para as pessoas que nós podemos ensinar a botânica de uma forma diferente”, comentou.

Outro destaque foi o projeto sobre lendas do Estado. Os alunos Matheus Cardoso e Richard dos Santos, que participaram da elaboração, ressaltaram que o objetivo foi divulgar histórias desconhecidas da maioria da população.

“Buscamos algumas referências que contavam sobre as lendas e como percebemos que não era um conteúdo tão divulgado, decidimos trabalhar com elas e com o grafite, que é uma arte contemporânea para despertar interesse nas pessoas”, destacou Matheus.

Para o aluno Yuri Ferreira, da Escola Municipal Elizabel Maria Gomes Sales, que apresentou um trabalho sobre seu bairro intitulado como “A história do meu Bairro – Santa Luzia”, o projeto pode gerar interesse da população em saber mais sobre a região que reside.

“A minha intenção foi despertar nas pessoas o interesse em pesquisar mais sobre seu bairro. Acredito que isso fortaleça mais o interesse em conhecer a história de onde mora”, pontuou o estudante.

O projeto “A utilização de um simulador de erosão como recurso para discussões de impacto ambiental no ensino fundamental”, apresentado pelos alunos da escola “Domingos Gonçalves”, tem como foco a questão ambiental.

“O objetivo desse trabalho é mostrar como se forma a erosão e a importância da preservação da natureza”, explicam as alunas Pollyana Garcia e Nicole Azevedo.

Um dos trabalhos que chamou a atenção foi na área da saúde. Com o título “Análise da eficiência do BTI (Bacillus thuringiensis israelensis) no controle de larvas do Aedes Aegypti utilizando armadilhas de oviposição”, o projeto foi apresentado pelos alunos André Rocha, Arthur Doncev e Geovana Ortega, da Escola “Lenita Nachif”.

“Temos como objetivo testar a eficiência da nossa armadilha, juntamente aplicando com o BTI para que nós consigamos reduzir a população do Aedes e as doenças que ele causa”, explicou o grupo.

Com o projeto “Análise temporal da urbanização do córrego Bálsamo próximo ao Cica em Campo Grande”, os alunos Bianca Freitas, Dominique Vidal e Kamila Golube, mostraram a importância da preservação do rio.

Outros projetos apresentados pelos alunos da Reme também abordaram temas relacionados a reciclagem, interceptação de chuvas e aquaponia.

Aprendizagem

O professor Fabrício Ravagnani, coordenador de pesquisa do IFMS, do campus de Campo Grande, falou sobre a importância da feira no processo de ensino-aprendizagem.

“Na aprendizagem acredito que os alunos saem da caixinha, com um leque de informações. Às vezes a escola tem um currículo fechado de aprendizado e aqui é o momento que eles saem, que abre espaço para informações e que nem sempre está na grade curricular. Eles conseguem visualizar de uma forma diferente o conteúdo”, disse.

Os alunos das unidades receberão certificado de participação e prêmios. Os trabalhos apresentados serão premiados de acordo com o nível em que o aluno estuda e a área do conhecimento. Haverá premiação também para os melhores poster/banner, maquete/protótipo, apresentação oral e relatório.

O evento também reúne minicursos, seminários, palestras, workshops, visitas técnicas, apresentações culturais, mostra de cursos e profissões.

No total, o IFMS registrou 673 inscrições de trabalhos nos dez campi, número recorde desde que o evento começou a ser realizado. Os projetos são avaliados por servidores do IFMS e demais intuições de ensino.