Até abril de 2022, Campo Grande deve ganhar um novo Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas ( CAPS -AD), ampliando assim a oferta de tratamento de dependentes químicos. O Município conseguiu a aprovação do projeto junto ao Ministério da Saúde e o cronograma de adequação do espaço que irá receber à unidade já foi estabelecido.

Atualmente, a Capital conta com um CAPS AD IV, que funciona 24h por dia, todos os dias da semana. O local conta com 20 leitos de internação e o atendimento é feito por uma equipe multidisciplinas, formada por enfermeiros, farmacêuticos, assistentes sociais, psicólogos, psiquiatras e terapeutas ocupacionais.

Com abertura da nova unidade, o Município irá ampliar a oferta de atendimentos a estes pacientes, possibilitando um tratamento mais adequado.

“Proporcionar o acesso e dar melhores condições para que este paciente seja atendido com dignidade é fundamental para até mesmo que ele se sinta melhor acolhido, se recuper e possa ser reintegrado à sociedade, tendo a sua cidadania e direitos preservados”, destaca o prefeito Marquinhos Trad.

O novo CAPS AD irá ocupar o espaço do antigo CAPS Infanto Juvenil, localizado no Bairro Guanandi, que foi transferido para o Complexo em Saúde Mental, inaugurado em setembro. Todo o planejamento para adequação foi concluído e as intervenções necessárias já devem ser iniciadas ainda este ano. O projeto da nova unidade também já foi aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde (Sesau).

Novos serviços

Além do CAPS I.J, o Complexo em Saúde Mental de Campo Grande, abriga uma CAPS Afrodite Doris Conti e uma Unidade de Acolhimento Infanto Juvenil (UAI), a primeira em funcionamento no Mato Grosso do Sul e a segunda do Centro-Oeste.

A UAI conta com seis vagas para acolhimento de crianças e adolescentes em situação de extrema vulnerabilidade.  O serviço oferece acolhimento transitório às crianças e adolescentes de 10 a 18 anos de idade, com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas.

“A unidade oferece cuidados contínuos e de proteção para este público, que pode permanecer no serviço por até seis meses, em caráter voluntário”, explica a coordenadoria da RAPS, Ana Carolina Guimarães.

Além dos CAPSs e da UAI, o Complexo conta com as residências multiprofissionais em saúde mental e médica em psiquiatria e o serviço de avaliação e acompanhamento de pessoas privadas de liberdade e de atendimento à população em situação de rua (Equipe Atenda).

Destaque

Campo Grande é a terceira capital brasileira com o maior número de atendimentos psicossociais em relação ao tamanho da população no país. A cidade fica atrás apenas de Porto Alegre e Curitiba, e realizou mais de 56 mil atendimentos somente nos seis primeiros meses do ano. 

O levantamento é feito consultando a base de dados do Ministério da Saúde, que leva em consideração o número estimado de moradores nas cidades no ano de 2020 e o total de atendimentos registrados entre janeiro e junho deste ano. Campo Grande está na frente de cidades com uma população muito maior, como é o caso de Recife, a quarta colocada no ranking. 

Mesmo com a redução das agendas nos atendimentos ambulatoriais devido à pandemia do novo coronavírus, realizando cerca de 60% da capacidade total das unidades do município, foram 56.347 procedimentos psicossociais, uma média de 62,2 atendimentos para cada mil habitantes. 

“Esse é o resultado do trabalho que vem sendo desenvolvido em Campo Grande e o empenho de todos os colaboradores que fazem com que a nossa cidade se destaque não somente na vacinação contra a Covid-19, mas nas diversas áreas da saúde”, destaca o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho.

Estrutura de atendimento

A Rede de Saúde Mental do Município é composta por 6 CAPSs, sendo 4 CAPS III, 1 CAPS A.D IV, 1 CAPS Infanto Juvenil, 1 Unidade de Acolhimento e 3 Residências Terapêuticas. Todas as unidades funcionam 24 horas por dia, com média de 1300 consultas ambulatoriais de saúde mental e 2000 mil atendimentos nos CAPS por mês. Somente a Rede Municipal possui 101 leitos para atendimentos de pacientes com problemas psiquiátricos ou usuários de álcool e droga.

Além da estrutura própria, o Município conta com 12 leitos contratualizados no Hospital Regional para atendimento de pacientes álcool e droga e 27 no Hospital Nosso Lar para atendimento de pacientes com transtornos psiquiátricos.

Os atendimentos de  pacientes com transtornos leves e moderados também são realizados nas 72 unidades básicas de saúde  do Município (UBS/UBSF).